segunda-feira, 20 de junho de 2011

Afonso da Maia

Afonso da Maia, fisicamente era baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes, cara larga, o nariz aquilino e a pele corada. Os cabelos eram brancos, muito curtos e a barba branca e comprida, lembrava um varão esforçado das idas heróicas, um D. Duarte Meneses ou um Afonso de Albuquerque; psicologicamente consideravam-no o personagem mais simpático do romance e aquele que o autor mais valorizou. Não se lhe conhecem defeitos e é um homem de carácter culto e requintado nos gostos. Enquanto jovem adere aos ideais do Liberalismo e é obrigado, por seu pai, a sair de casa; instalando-se em Inglaterra mas, falecido o pai, regressa a Lisboa para casar com Maria Eduarda Runa. Mais tarde, dedica a sua vida ao neto Carlos e já velho passa o tempo em conversas com os amigos, lendo com o seu gato – Reverendo Bonifácio – aos pés, opinando sobre a necessidade de renovação do país. É generoso para com os amigos e os necessitados. Ama a natureza, o que é pobre e fraco e tem altos e firmes princípios morais. Morre de uma apoplexia, quando descobre os amores incestuosos dos seus netos.

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